Ontem, enquanto estudava sentado na mesa da cozinha, ouvia as conversas dos dois belos exemplares femininos com quem vivo e apercebi-me que, para todos nós, o amor é como um metro. Dez em dez minutos lá passa um comboio, e nós, havido de um não sei bem o quê, apressamo-nos a tentar entrar com medo de o perder mais uma vez. O interessante é que mais tarde ou mais cedo, depois de empurrar e forçar no meio de tanta gente, descobrimos que aquela não é a carruagem certa e acabámos por sair numa qualquer outra estação.
Muito embora muitas vezes consigamos entrar, poucas vezes conseguimos arranjar lugar, o que nos pode deixar frustrados, uma vez que, mesmo sabendo que conseguimos entrar agora não nos conseguimos adaptar. E lá ficamos à espera que alguém se levante para nos sentarmos e ocuparmos o lugar no coração de alguém que possivelmente sairá algumas estações antes de nós e nos deixará na merda e com um reticente sentimento de vazio.
Desta forma, enquanto tivermos agilidade e perseverança para conseguir entrar na carruagem, não vamos ficar na estação a ver os comboios passar……
Claro que sempre com a esperança que, em todas as viagens que façamos, alguma vez cheguemos ao nosso destino.
Muito giro este post... e verdadeiro...
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